O fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, tem um impacto profundo nos padrões climáticos globais. Este fenômeno ocorre de forma cíclica, aproximadamente a cada dois a sete anos, e é causado pela interação complexa entre a atmosfera e o oceano. Durante um evento El Niño, os ventos alísios, que normalmente sopram do leste para o oeste, enfraquecem ou se revertem, permitindo que as águas quentes se desloquem para o leste em direção à América do Sul. Os efeitos do El Niño são vastos e variados, resultando em secas prolongadas em algumas regiões e inundações devastadoras em outras. Além disso, o El Niño está associado a mudanças nos padrões de temperatura e precipitação em todo o mundo, afetando a agricultura, a pesca e até mesmo os fenômenos meteorológicos extremos, como furacões e tufões. O impacto do El Niño não se limita apenas ao clima; ele também tem consequências econômicas e sociais significativas, como aumento nos preços dos alimentos devido à diminuição na produção agrícola e deslocamento de comunidades devido a inundações. Devido ao seu impacto abrangente, é fundamental prever e monitorar o El Niño de perto, usando uma variedade de métodos, incluindo modelos computacionais e observações em tempo real.