Recentemente, li um post no blog “I Met God, She’s Green” que me fez refletir profundamente sobre a interseção entre ambientalismo e anti-racismo. A autora, Joana, argumenta de forma convincente que todos os ambientalistas devem ser anti-racistas convictos e ativos.
Como ambientalista, concordo plenamente com Joana. Portanto, luta contra o racismo é intrínseca à luta pela sustentabilidade. Se queremos alcançar um modo de vida em equilíbrio com a natureza, precisamos abordar as injustiças sociais que permeiam nossas sociedades.
A justiça social e a equidade são fundamentais para um futuro sustentável. Não podemos ignorar o fato de que as questões ambientais muitas vezes afetam desproporcionalmente as comunidades marginalizadas. Portanto, nossa luta pela sustentabilidade deve incluir a luta pela igualdade racial.
Além disso, a luta anti-racismo é crucial, e precisa do apoio inequívoco e contínuo de cada vez mais pessoas. Como Joana disse, se queremos fortalecer a luta climática e ambiental, precisamos apoiar este movimento e todos os movimentos que apoiam as minorias.
Inspirada pelo post de Joana, estou atualmente preparando um post sobre racismo ambiental no Brasil. Acredito que é importante destacar como o racismo se manifesta em questões ambientais e como podemos trabalhar para combater essas injustiças.
Em meu livro “Antropoceno: Paradigma de Compreensão das Mudanças Climáticas e Sustentabilidade”, discuto a importância da justiça social e ambiental na era do Antropoceno. Além disso, argumento que a luta pela sustentabilidade não pode ser separada da luta pela igualdade e justiça social.
Perguntas frequentes
A luta contra o racismo é intrínseca à luta pela sustentabilidade. Além disso, todos os ambientalistas devem ser anti-racistas convictos e ativos.
A justiça social e a equidade são fundamentais para um futuro sustentável. As questões ambientais muitas vezes afetam desproporcionalmente as comunidades marginalizadas. Portanto, a luta pela sustentabilidade deve incluir a luta pela igualdade racial.
O ambientalismo moderno começou a se consolidar como um movimento social organizado no século XIX, com o advento da Revolução Industrial e o consequente aumento da degradação ambiental. No entanto, foi apenas após os grandes conflitos mundiais que o ambientalismo se estabeleceu como uma corrente influente.
Ser um ambientalista é muito mais do que defender o clima. Acima de tudo é defender a igualdade de todos os que pisam a terra e reconhecer que este planeta é para todas as pessoas e animais.
A educação antirracista reconhece que nosso país tem sistematicamente silenciado e omitido discussões sobre relações raciais do público em geral. Portanto, a educação antirracista visa ensinar as pessoas sobre as relações raciais, não para individualizar a questão, mas para que elas possam perceber o quanto o racismo está enraizado em nossa estrutura social e tenham a capacidade crítica para se opor a esse sistema.
Recomendação: ambientalismo e justiça ambiental
No contexto atual, onde as ações humanas têm um impacto sem precedentes no clima e no meio ambiente, é crucial que abordemos essas questões de maneira integrada. Convido todos a lerem e se juntarem a essa discussão vital para nosso futuro coletivo.
Em resumo, ser ambientalista é muito mais do que defender o clima. É defender a igualdade de todos os que pisam a terra. É reconhecer que este planeta é para todas as pessoas e animais. Nossas lutas podem ser específicas, mas o humanismo inerente a cada luta deve ser global. Essa é a força que nos une.
Vamos continuar a luta juntos, defendendo não apenas o clima, mas também a igualdade de todos os que pisam a terra.
Atenciosamente,
Francielle Caminhas.